Síndrome de Gabriela e o novo “normal”

 

 

O ano era 1975 e ia ao ar a novela “Gabriela”, adaptação do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado. Seu tema de abertura, que ficou conhecido pela voz de Gal Costa, tinha entre seus versos o seguinte:
‘Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim…’

Voltemos para 2020. Covid-19. Isolamento. Lock down. Pandemia. Coronavírus. Fique em casa. Fique seguro. Distanciamento. Home office. “Gripezinha”. Use máscara. Casos confirmados. Casos suspeitos. Bandeira amarela, vermelha, preta. E você deve estar se perguntando: e daí? Qual a relação de uma coisa com a outra?

A “Síndrome de Gabriela” é uma ‘enfermidade’ que acomete muitas organizações, as quais acreditam piamente serem imunes ao passar do tempo e suas mudanças, seja em termos de práticas de gestão, relacionamento com stakeholders, políticas internas, planejamento, etc. É comum ouvir de muitos “gestores” ou “administradores” uma sentença (e temos vários significados possíveis, dentre os quais ‘de morte’) que diz mais ou menos assim: “Eu sempre fiz assim e sempre funcionou, eu conheço meus clientes!”.

Com o advento da pandemia do coronavírus, assistimos muitas empresas serem forçadas a se reinventar para escapar do “corredor da morte” de CNPJ’s. Muitas fizeram uma migração para o e-commerce literalmente da noite para o dia, sem contar com uma estrutura de suporte para tanto e, muito menos, estratégias definidas de comunicação e segmentação de público. Outras empresas foram além em suas mudanças, atacando pontos mais vitais e que envolvem questões relacionadas a governança corporativa, como por exemplo, criação de comitês de crise, estabelecimento de planos de gestão de crise e riscos, entre outras medidas adotadas que afetaram a rotina de trabalho.

Dizem que é preciso ver o lado positivo de tudo, não é mesmo? Então, que esse seja o lado positivo desta pandemia para as empresas, que adotem uma cultura mais “mente aberta” para as mudanças e adaptações, mas que não as façam apenas por necessidade, mas sim como uma forma de se tornarem um ambiente melhor para seus clientes. Os internos e os externos!

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